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Mudanças nos currículos de engenharia trarão teoria, prática e competências, diz presidente da ABENGE 1h1u38

Por Agência Brasil - Publicado 02 de maio de 2019

Vanderli Fava aborda sobre as mudanças no currículo dos cursos da área

Foram dois anos de debates entre várias instituições, para definir o que era preciso mudar no currículo dos cursos, para melhorar a formação dos engenheiros nas universidades brasileiras.

Além da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE), várias outras entidades participaram das conversas e apresentaram propostas. Entre elas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e representantes de universidades de todo o país.

As mudanças foram homologadas pelo Ministério da Educação (MEC) no mês ado. A partir daí, os cursos terão prazo de três anos para se adequarem, gradativamente, às novidades.

Em entrevista à Agência CNI de Notícias, o presidente da Abenge e ex-professor da Universidade de Juiz de Fora (UFJF), Vanderli Fava de Oliveira, conta como foi o processo para se chegar às propostas que vão entrar em vigor e o que o mercado e a sociedade esperam dos engenheiros nos dias de hoje. Vanderli de Oliveira é mestre e doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ) e pós-doutor em Educação em Engenharia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele participou de todo o trabalho para as mudanças na base curricular de engenharia.  

AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Quais as principais mudanças na nova base curricular dos cursos de engenharia?

VANDERLI DE OLIVEIRA – Quando se fala em base curricular, isso se refere ao que o aluno deve aprender, em termo de conhecimento e de competências específicas da área que ele está estudando. É uma mudança de concepção dos cursos que hoje trabalham com conteúdo para o desenvolvimento de competências. Os cursos vão mudar, aos poucos, da aula tradicional para atividades com base em metodologias ativas e substituir a grade curricular por projeto de curso que envolva pessoal e infraestutura. O que se quer é que o aluno, além de aprender, saiba fazer.

AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – O que mais você destaca dessa nova base curricular?

VANDERLI DE OLIVEIRA – Ela vai incentivar a troca de aulas tradicionais por ambientes de aprendizagem. Uma atividade que forma competências tem que englobar teoria, prática e competências. Ao invés de aulas tradicionais, os alunos vão participar mais do processo e trabalhar em ambientes que integrem teoria, prática e contexto de aplicação. Isso é desenvolvido através das chamadas metodologias ativas. Isso diminui o tempo na tradicional sala de aula. A formação tem que pressupor desenvolvimento de habilidades atitudinais: o profissional precisa saber se relacionar bem com as pessoas, trabalhar em equipe, com as mídias e saber escrever. Também existe a preocupação com a sustentabilidade: responsabilidade social e compromisso com o ambiente.

AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Como o setor de engenharia sentiu a necessidade dessa atualização?

VANDERLI DE OLIVEIRA – As empresas querem saber o que o engenheiro vai fazer com o que o aprendeu. Não basta saber cálculo, tem que saber resolver os problemas do dia a dia. As empresas não querem o profissional que saiba muita coisa mas que não saiba usar. Elas precisam ter profissionais mais próximos do que a sociedade espera.

AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – De que forma os futuros profissionais serão impactados">)

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